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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Uma vergonha!!!

Enquanto a população clama por um melhor atendimento na área de saúde, crianças na lista de espera esperando vagas nas creches. Os vereadores desta cidade Presidente Prudente - SP que dizem representar a população estão cogitando o aumento de cadeiras no legislativo de 13 para 21 e aumentar seus subsidios...
Vejam só o que diz um nobre vereador ao site: Portal Prudentino


Seribeli revela racha em acordo para aprovar aumentos


Rogério Mative, às 12:00:00 de 23/07/2011


Assuntos que causaram frisson nos últimos meses na Câmara Municipal, o aumento no número de cadeiras e a majoração nos salários dos vereadores, devem promover mais discussões nos próximos dias, quando os parlamentares retornam às atividades após o recesso. Em entrevista ao Portal, o vereador Alcides Seribeli (PTB) revela que a Câmara sofreu um racha e alguns vereadores estão " em cima do muro" em relação aos projetos.

Recentemente, a professora de Lingua Portuguesa Maria José da Silva Cunha começou uma campanha coletando assinaturas da população para um abaixo-assinado contra os aumentos. O objetivo é entregar aos parlamentares cerca de 20 mil adesões durante a primeira sessão do segundo semestre, marcada para 1º de agosto.

O movimento encabeçado pela professora pode ter mudado o pensamento de alguns vereadores, porém, não a opinião de Seribeli. Para ele, o manifesto "não vale para nada".

"Para mim não muda nada. Não é um movimento e sim algo de quatro ou cinco pessoas. Assinatura você consegue 20 mil, isso não vale nada. Não tenho medo disso. Só acho que todo mundo tem que assumir a responsabilidade e não querer tirar proveito", diz.

Questionado sobre a postura dos vereadores em relação aos projetos que poderão entrar em pauta já na próxima sessão, Seribeli diz que muitos estão "em cima do muro".

"Está difícil de analisar agora. Se não votarem os 11 como combinado eu não vou votar. Tem vereador que não quer assinar, então que ele faça um registro em cartório ai eu voto, sem nenhum problema", pontua.

"Na outra legislatura tinha vereador que era contra aprovar verba de gabinete e acabou usando dela depois. Vai ter que conversar muito. Tem gente que fica em cima do muro e depois vai ter vantagem. Teve dois vereadores que não queriam assinar, Kato [Douglas, do PV] e Cidinho [Lorenção, do PSB]. Se eles não votarem eu não vou votar. Tem dois outros vereadores que abrimos mão respeitando suas questões apresentadas", conclui.

Os outros dois vereadores são Alba Lucena (PTB) e Reginaldo Nunes (PMDB) que já se mostraram contra ao aumento de vereadores e de salários.


Mais informações pelo site:"http://www.portaldoruas.com.br"

sábado, 23 de julho de 2011

Erradicar o analfabetismo: uma velha promessa

Se a ideia realmente é extirpá-lo, por que as matrículas na Educação de Jovens e Adultos não param de cair nos últimos cinco anos?



Alto índice de evasão, estrutura física inadequada, dificuldade de acesso aos locais de estudo e programas ineficazes. Resumindo, essa é a realidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. A combinação desses fatores por anos seguidos acabou conduzindo o país a uma situação alarmante: 57,7 milhões de cidadãos com mais de 18 anos sem Ensino Fundamental completo e cerca de 14 milhões de analfabetos. Ao mesmo tempo, de 2006 para cá, vem caindo o número de matrículas na EJA. Ora, se a ideia é erradicar o analfabetismo, como todo candidato gosta de afirmar em época de eleição, as matrículas nessa modalidade de ensino não tinham de estar aumentando, em vez de diminuindo? A conta não fecha. E deixa no ar outra pergunta: será que estamos desistindo dos nossos analfabetos?

A história recente do Brasil está repleta de iniciativas de combate ao analfabetismo. Nos tempos da ditadura militar, entre as décadas de 1960 e 70, havia o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Depois, durante o período da redemocratização, criaram-se cursos supletivos. Na era Fernando Henrique Cardoso, foi a vez do programa Alfabetização Solidária. E, na era Luiz Inácio Lula da Silva, entrou em cena o Brasil Alfabetizado. Todas essas políticas contribuíram, em maior ou menor escala, para a redução da taxa de analfabetismo, que caiu de 39,6%, em 1960, para 9,7%, em 2009 (ano dos útimos dados oficiais disponíveis). Mesmo assim, nenhuma delas evitou que chegássemos à segunda década do século 21 com a vergonhosa marca de 14,1 milhões de analfabetos.
 
Uma contradição preocupante Enquanto as matrículas na EJA caem,os analfabetos são 14,1 milhões* Número de 2010 não divulgado pelo IBGE Fontes: EDUDATA, Censo escolar 2010 E IBGE




Para entender o descompasso entre índice de analfabetismo elevado e queda de matrículas na EJA, é preciso analisar pelo menos dois fatores determinantes. O primeiro deles é a falta de investimentos nessa modalidade de ensino. À época do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), entre 1998 e 2006, as classes de EJA eram bancadas, principalmente, pelo dinheiro de estados e   municípios.

Com a sua substituição pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em 2007, o Governo Federal passou a ajudar mais. Acontece que o novo fundo, embora preveja o financiamento de todas as etapas da Educação Básica, não determina que parte dos recursos seja necessariamente direcionada às salas de jovens e adultos. O resultado é que, livres da obrigação de investimento, muitos gestores preferem fechar (ou, pelo menos, não abrir) essas salas. Por quê? A explicação é simples: a EJA tradicionalmente apresenta índices de evasão, faltas e repetência mais altos que os das turmas regulares do Ensino Fundamental e do Médio, uma vez que seus alunos, na maioria das vezes, são trabalhadores. Isso significa que, ao não investir na EJA, o gestor corre menos risco de ver a nota de sua escola diminuída quando estado ou município resolvem fazer a avaliação das unidades de ensino. Cria-se, assim, um círculo vicioso que em nada colabora com a meta de erradicação do analfabetismo.
Outro problema é o cálculo do custo anual de um aluno de EJA. O valor mínimo de repasse às escolas previsto pelo Fundeb é, em média, 20% inferior ao que se destina a estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Aí, abre-se espaço para mais uma pergunta indigesta: será que jovens e adultos analfabetos são 20% menos importantes?

Os especialistas são unânimes ao afirmar que, para virar esse jogo, é urgente promover uma adequação curricular. Hoje, o currículo da EJA não passa de uma adaptação dos conteúdos do Ensino Fundamental. Ao ignorar as necessidades desse público, ele acaba impulsionando a evasão. Também é essencial garantir aos professores uma formação específica para trabalhar com essa modalidade de ensino e extinguir a prática de convocar voluntários - nem sempre bem preparados - para alfabetizar. Os materiais didáticos, também adaptados do Fundamental, devem ser revistos e "desinfantilizados", assim como a estrutura física das salas de aula.

Reverter a situação em que se encontra a EJA exigirá ações articuladas por parte das três esferas de poder - municipal, estadual e federal. Antes, porém, é preciso que promessas de campanha deixem de ser apenas promessas. E que o Brasil decida, de uma vez por todas, se quer enfrentar o analfabetismo ou se prefere esperar que o tempo cuide de extirpá-lo lenta e naturalmente.

Fonte: Revista nova escola

Bullying: é preciso levar a sério ao primeiro sinal

Andréia Barros (novaescola@atleitor.com.br), de João Pessoa (PB)

Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, está posto mais um. O bullying escolar - termo sem tradução exata para o português – tem sido cada vez mais reportado. É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica, ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. "Ninguém sabe como agir", sentencia a promotora Soraya Escorel, que compõe a comissão organizadora do I Seminário Paraibano sobre Bullying Escolar, que reuniu educadores, profissionais da Justiça e representantes de governos nos dias 28 e 29 de março, em João Pessoa, na Paraíba. “As escolas geralmente se omitem. Os pais não sabem lidar corretamente. As vítimas e as testemunhas se calam. O grande desafio é convocar todos para trabalhar no incentivo a uma cultura de paz e respeito às diferenças individuais”, complementa.

A partir dos casos graves, o assunto começou a ganhar espaço em estudos desenvolvidos por pedagogos e psicólogos que lidam com Educação. Para Lélio Braga Calhau, promotor de Justiça de Minas Gerais, a imprensa também ajudou a dar visibilidade à importância de se combater o bullying e, por consequência, a criminalidade. "Não se tratam aqui de pequenas brincadeiras próprias da infância, mas de casos de violência, em muitos casos de forma velada. Essas agressões morais ou até físicas podem causar danos psicológicos para a criança e o adolescente facilitando posteriormente a entrada dos mesmos no mundo do crime”, avalia o especialista no assunto. Ele concorda que o bullying estimula a delinquência e induz a outras formas de violência explícita.

Seminário - Organizado pela Promotoria de Justiça da Infância e da Adolescência da Paraíba, em parceria com os governos municipal e estadual e apoio do Colégio Motiva, o evento teve como objetivo, além de debater o assunto, orientar profissionais da Educação e do Judiciário sobre como lidar com esse problema. A Promotoria de Justiça elaborou um requerimento para acrescentar os casos de bullying ao Disque 100, número nacional criado para denunciar crimes contra a criança e o adolescente. O documento será enviado para o Ministério da Justiça e à Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Durante o encontro também foi lançada uma publicação a ser distribuída para as escolas paraibanas, com o objetivo de evidenciar a importância de um trabalho educativo em todos os cenários em que o bullying possa estar presente – na escola, no ambiente de trabalho ou mesmo entre vizinhos. Nesse manual, são apresentados os sintomas mais comuns de vítima desse tipo de agressão, algumas pistas de como identificar os agressores, conselhos para pais e professores sobre como prevenir esse tipo de situação e mostram-se, ainda, quais as consequências para os envolvidos.

Em parceria com a Universidade Maurício de Nassau, a organização do evento registrou as palestras e as discussões – o material se transformará num vídeo-documentário educativo que será exibido nas escolas da Paraíba, da Bahia e de Pernambuco.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-preciso-levar-serio-431385.shtml